sábado, 17 de abril de 2010

Tibieza

Em alguns períodos da nossa vida, podemos detectar em nós alguns dos sintomas da tibieza: a frieza, a apatia, o desânimo, a insatisfação com Deus e conosco mesmo, a falta de estímulos para a oração diária, e até mesmo a falta de forças para decidir por algo ou desistir de alguma coisa. Uma alma tíbia é uma alma morna, fraca, preguiçosa, desanimada e sem fervor. Esta “doença” traz sérias conseqüências, não só à nossa vida espiritual, mas a todas as realidades da nossa existência. Ela é conseqüência do pecado e desenvolve-se com facilidade nas almas que não são muito amigas das renúncias, sacrifícios e orações. Mas pouco adianta dizer, simplesmente, que é preciso aplicar à doença da tibieza o remédio do fervor. Seria como dizer a um doente que o remédio para ele é a saúde, ignorando que este é o seu problema: a falta de saúde. Se sofremos deste mal, há esperança para nós e o remédio é infalível: precisamos de um novo, belo e santo Pentecostes!
Causas da tibieza

Duas são as causas principais que contribuem para o seu desenvolvimento: alimento espiritual defeituoso e a invasão de algum gérmen mórbido, ou seja, falta de meditação, leituras, orações, cumprimento dos deveres de estado, prática das virtudes Cristãs que a põem em comunhão com Deus, fonte da vida sobrenatural. O resultado desta apatia espiritual é o enfraquecimento progressivo da alma, uma espécie de anemia espiritual que prepara o caminho à invasão de algum gérmen mórbido. Como a nossa alma está mal guardada, as portas por causa da tibieza facilmente se abrem aos sentidos internos e externos, às sugestões perigosas da curiosidade e sensualidade, surgindo freqüentes tentações. As vezes deixamos o nosso coração se prender à afeições perturbadoras; cometem-se imprudências, brinca-se com o perigo, multiplica-se os pecados veniais.
Os perigos da tibieza
O que constitui o perigo especial deste estado é o enfraquecimento progressivo das forças de nossa alma. O primeiro efeito da tibieza é uma espécie de cegueira da consciência: já não sabe reconhecer a gravidade das imprudências ou dos pecados que comete. Já não tem energia suficiente para repeli-los e bem depressa vem cair em ilusões: as distrações na oração, as perturbações interiores, as palavras inúteis, o desejo de se mostrar, os movimentos de sensualidade também já não são controlados prontamente e tantos outros.
Como sair da Tibieza?
É preciso, em primeiro lugar, tomar consciência da nossa condição de necessitados de uma renovação constante do Espírito Santo em nossa vida. O clamor constante e a abertura necessária à ação da graça farão de nós homens e mulheres fervorosos, capacitados pelo Espírito a transbordar no mundo o amor infinito de Deus.
O único remédio contra a tibieza é o Espírito Santo, porque não existe verdadeiro fervor se não for inflamado pelo fogo do Espírito. O pecado endurece o coração e torna a pessoa indiferente a Deus. O Espírito nos aponta as raízes do pecado, fortalece-nos para a batalha, fecunda em nós os seus dons, purifica-nos, aquece e inflama o nosso ser.
O Espírito Santo não se contenta em purificar-nos do pecado, mas prolonga a sua ação em nós até nos fazer “fervorosos no Espírito”. Comporta-se em nós como o fogo quando se apega à lenha úmida: primeiro a expurga, arrancando-lhe com barulho todas as impurezas, depois a inflama progressivamente, até que se torne toda incandescente e ela mesma se transforme em fogo. Ele, que faz novas todas as coisas, quer fazer fervorosos os homens tíbios.
Concretamente, isto quer dizer que o Espírito Santo nos preserva de cair na tibieza, e se por acaso já nos encontrarmos neste estado, livra-nos dela. É impossível sair da tibieza sem uma intervenção decisiva do Espírito; se tentarmos fazê-lo mergulharemos ainda mais no pecado do orgulho.
Olhemos para os apóstolos antes de Pentecostes: eram tíbios, incapazes de vigiar uma hora, discutiam sempre sobre quem seria o maior, ficavam espantados diante de qualquer ameaça. Depois que o Espírito veio sobre eles como línguas de fogo, tornaram-se a imagem viva do zelo, do fervor e da coragem. Fervorosos no pregar, no louvar a Deus, no fundar e organizar as Igrejas e, enfim, no sacrificar a vida por Cristo.
Quando invocamos o Espírito, clamamos: “Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”, e ainda: “Aquece o que está frio”. Às vezes este clamor também é frio, porque fria é a nossa esperança. Em Ezequiel 37 temos outra imagem clara de um povo tíbio: “nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta”, mas é a poderosa ação do Espírito Santo que faz estes ossos secos retornarem à vida.
Com o auxílio da graça, portanto, é possível sair da tibieza e passarmos da condição de frios e temerosos a fervorosos no Espírito!

Bibliografia consultada:
Cantalamessa, Raniero. O canto do Espírito. São Paulo: Vozes, 1998.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Deixar Deus fazer o novo naquilo que já sei fazer

Queridos e amados ministros de louvor, somos um povo escolhido por Deus e sendo assim precisamos estar a serviço D´Ele, para Ele e com Ele. O Senhor nos deu a graça de multiplicarmos a Sua voz através de nossas expressões artísticas e para isso precisamos estar cheios de Deus, esvaziarmos de nós mesmos para podermos transbordar da graça que vem do alto. O Senhor nos deu um dom que precisa ser multiplicado a cada dia a todo instante. Muitos de nós temos dificuldades com nosso ministério, certo? Você já se perguntou quantas vezes no dia você se lembra dele e pede para que Jesus venha lavá-lo com seu sangue? Já se deparou com a seguinte pergunta: O que estou fazendo aqui? Porque o Senhor me chamou? O Senhor não lhe chamou para ser somente um mero músico, um artista, mas sim um ministro de louvor. É preciso que haja espaço no seu coração para que o Espírito Santo de Deus habite. Você precisa transbordar esse Deus vivo que habita em você. Nós ministros de louvor necessitamos ter uma intimidade muito profunda com o Senhor para termos a sensibilidade de ouví-lo em nossos corações e sermos seus alto-falantes, o eco de Sua voz, seja em cada expressão artística, precisamos resplandecer Jesus em nosso ministério. Muitas vezes temos dificuldades e louvado seja Deus por isso, porque estamos incomodando. Um ungido, um escolhido do Senhor, o inimigo não tem o poder de tocar, mas, ele pode colocar uma pedra de tropeço para nos desviar do Seu caminho. O Senhor bate a porta de nosso coração e por vezes o corre-corre do dia-a-dia, nossa inquietude e falta de silêncio faz-nos distanciar da graça. É preciso parar para escutá-lo. Deixe Deus fazer o novo naquilo que você já sabe fazer. Ele não quer mudar o nosso jeito de ministrar, Ele quer apenas renovar, atualizar aquilo que Ele mesmo nos concedeu. Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo!

Alex Camargo
Coord. Min. Música & Artes
RCCBrasil Diocese de Limeira

Recompensa da Fidelidade

32.Lembrai-vos dos dias de outrora, logo que fostes iluminados. Quão longas e dolorosas lutas sustentastes.
33. Seja tornando-vos alvo de toda espécie de opróbrios e humilhações, seja tomando moralmente parte nos sofrimentos daqueles que os tiveram que suportar.
34. Não só vos compadecestes dos encarcerados, mas aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, pela certeza de possuirdes riquezas muito melhores e imperecíveis.
35. Não percais esta convicção a que está vinculada uma grande recompensa,
36. pois vos é necessária a perseverança para fazerdes a vontade de Deus e alcançardes os bens prometidos.
37. Ainda um pouco de tempo - sem dúvida, bem pouco -, e o que há de vir virá e não tardará.
38. Meu justo viverá da fé. Porém, se ele desfalecer, meu coração já não se agradará dele (Hab 2,3s).
39. Não somos, absolutamente, de perder o ânimo para nossa ruína; somos de manter a fé, para nossa salvação!
Hebreus 10;32-39

O PODER DE DEUS

Experimentar o PODER DE DEUS em nossas vidas é acreditar que o Senhor está conosco, caminhando no meio de nós. Sentir sua presença é algo que nos faz enxergar nossa missão e automaticamente ver a sua ação em nossas vidas. Vivemos em um tempo onde o materialismo bate freneticamente em nossas portas. Esse projeto é um grito que ecoa por ele dizendo um “basta”, e proclamando que homens e mulheres de boa vontade podem viver neste mundo confiando em Deus, acreditando em milagres, sinais e prodígios realizado por Jesus em nosso meio.

Jesus morreu a nossa morte, a fim de que vivamos a Sua vida

Irmãos e Irmãs,

"O Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos, habita em vós e vivificará os vossos corpos mortais por uma comum ressurreição" (Rm 8, 11).

Fazemos memória da vida, paixão, morte e ressurreição do Senhor. Inaugurou-se, então, um perene tempo de graça. Jesus morreu a nossa morte, a fim de que vivamos a Sua vida. O anúncio deste Tríduo Pascal faz tremer as estruturas da cultura vigente, baseada na morte, no vazio e na desesperança. Jesus ressuscitou e nós ressuscitaremos!

Possa o mesmo Poder, que venceu o sepulcro e fecundou a Igreja, encher-nos da mesma valentia e intrepidez dos Apóstolos. Que o mundo saiba: "Aquele Jesus, crucificado por nós, foi constituído Senhor e Cristo" (Cf. At 2, 36).

Feliz Páscoa a todos!

Marcos Volcan
Presidente do Conselho Nacional RCCBRASIL