A grandeza de caráter e a atitude de servir
A tendência humana de se sentir importante tem levado muitos a se colocarem num tipo de vitrine para serem vistos como tais. A propaganda de si tem feito não poucos a quererem derrubar os concorrentes até de modo violento. Há quem pense ser grande por divulgar mais suas realizações. A luta pelo poder, não raro, tem provocado intrigas, desrespeito à verdade e prejuízo ao bem comum. Pensa-se o maior como sendo o que mais manda e é superior aos demais.
Jesus nos ensina a grande lição de humildade e serviço. Ele próprio, filho de Deus, não se fixou no pedestal divino e veio até nós na simplicidade de servo e amigo, não tirando vantagem de sua condição superior. Ensinou-nos a ser grandes justamente no fato e na atitude de servirmos com humildade o semelhante: “Quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos” (Marcos 10, 43-44). Como se enganam os chamadores de atenção para si como os maiorais por terem realizado algo de bom. Seus méritos não estão na divulgação e sim nas ações feitas com amor aos outros e à comunidade. Realizar algo só para aparecer pode ser visto, por quem sabe avaliar, o interesse da propaganda. A pessoa de bem prova seu valor nos atos contínuos de sua vida dedicada à promoção do bem sem interesse pessoal. Por isso, quando se tem espírito de análise, sabe-se distinguir os bons dos meros aproveitadores da condição e do cargo que exercem. A retidão ética e moral se conhecem pelas atitudes comprovadas de bom caráter.
No Evangelho, encontramos dois apóstolos querendo o cargo no Reino de Cristo. Jesus os recrimina e lhes dá a lição do serviço feito com amor à causa desse Reino, e não com mero interesse de sobrepor-se aos demais (Cf. Marcos 10, 35-45). Oxalá, todos aprendêssemos essa lição e, de modo especial, quem assume cargos de liderança na comunidade. De fato, é grande diante dos outros quem mais dá de si para a promoção do bem da pessoa humana e da sociedade. Ditosos os políticos que realmente servem e não se servem do povo! Felizmente, os temos dentre tantos. Isso acontece em muitos meios e organizações; são pessoas de grande altruísmo, amor ao semelhante e verdadeiros serviçais sem interesse.
O profeta Isaías já anunciava o peso a carregar por parte de quem nos vinha resgatar dos erros, tomando sobre si o fardo de nossos pecados para nos regenerar (Cf. Isaías 53, 10-11). De fato, Jesus nos deu condição sobrenatural de vida nova e nos ensinou a colaborar com a ajuda de carregamento do peso das dificuldades do semelhante. Para isso, é preciso atitude de doação de si e de serviço desinteressado aos demais. Quem tem essa postura é grande, mesmo não usufruindo dos aplausos dos outros. A grandeza de caráter e a atitude de servir com amor já gratificam quem as têm. Com o passar do tempo, vê-se o valor dessas pessoas. Conhece-se a árvore pelos frutos.
O exemplo de Cristo, ao mediar nossa salvação eterna com postura de generosidade total e serviço desinteressado, leva-nos a perceber que vale a pena imitá-lo para termos o efeito da salvação por Ele trazida.
Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros - MG
A tendência humana de se sentir importante tem levado muitos a se colocarem num tipo de vitrine para serem vistos como tais. A propaganda de si tem feito não poucos a quererem derrubar os concorrentes até de modo violento. Há quem pense ser grande por divulgar mais suas realizações. A luta pelo poder, não raro, tem provocado intrigas, desrespeito à verdade e prejuízo ao bem comum. Pensa-se o maior como sendo o que mais manda e é superior aos demais.
Jesus nos ensina a grande lição de humildade e serviço. Ele próprio, filho de Deus, não se fixou no pedestal divino e veio até nós na simplicidade de servo e amigo, não tirando vantagem de sua condição superior. Ensinou-nos a ser grandes justamente no fato e na atitude de servirmos com humildade o semelhante: “Quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos” (Marcos 10, 43-44). Como se enganam os chamadores de atenção para si como os maiorais por terem realizado algo de bom. Seus méritos não estão na divulgação e sim nas ações feitas com amor aos outros e à comunidade. Realizar algo só para aparecer pode ser visto, por quem sabe avaliar, o interesse da propaganda. A pessoa de bem prova seu valor nos atos contínuos de sua vida dedicada à promoção do bem sem interesse pessoal. Por isso, quando se tem espírito de análise, sabe-se distinguir os bons dos meros aproveitadores da condição e do cargo que exercem. A retidão ética e moral se conhecem pelas atitudes comprovadas de bom caráter.
No Evangelho, encontramos dois apóstolos querendo o cargo no Reino de Cristo. Jesus os recrimina e lhes dá a lição do serviço feito com amor à causa desse Reino, e não com mero interesse de sobrepor-se aos demais (Cf. Marcos 10, 35-45). Oxalá, todos aprendêssemos essa lição e, de modo especial, quem assume cargos de liderança na comunidade. De fato, é grande diante dos outros quem mais dá de si para a promoção do bem da pessoa humana e da sociedade. Ditosos os políticos que realmente servem e não se servem do povo! Felizmente, os temos dentre tantos. Isso acontece em muitos meios e organizações; são pessoas de grande altruísmo, amor ao semelhante e verdadeiros serviçais sem interesse.
O profeta Isaías já anunciava o peso a carregar por parte de quem nos vinha resgatar dos erros, tomando sobre si o fardo de nossos pecados para nos regenerar (Cf. Isaías 53, 10-11). De fato, Jesus nos deu condição sobrenatural de vida nova e nos ensinou a colaborar com a ajuda de carregamento do peso das dificuldades do semelhante. Para isso, é preciso atitude de doação de si e de serviço desinteressado aos demais. Quem tem essa postura é grande, mesmo não usufruindo dos aplausos dos outros. A grandeza de caráter e a atitude de servir com amor já gratificam quem as têm. Com o passar do tempo, vê-se o valor dessas pessoas. Conhece-se a árvore pelos frutos.
O exemplo de Cristo, ao mediar nossa salvação eterna com postura de generosidade total e serviço desinteressado, leva-nos a perceber que vale a pena imitá-lo para termos o efeito da salvação por Ele trazida.
Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros - MG
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