quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amadurecer continuamente

57. A imagem evangélica da videira e dos ramos mostra-nos outro aspecto fundamental da vida e da missão dos fiéis leigos: a chamada para crescer, amadurecer continuamente, dar cada vez mais fruto.

Como diligente agricultor o Pai cuida de sua vinha. A presença carinhosa de Deus é ardentemente invocada por Israel, que assim reza: "Voltai, Deus dos exércitos olhai do Céu e vede e visitai esta vinha protegei a cepa que a vossa mão direita plantou, o rebento que cultivastes" (SI 80, 15-16). O próprio Jesus fala da obra do Pai: "Eu sou a verdadeira videira e o meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que em Mim não der fruto, Ele corta-o e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê mais fruto" (Jo 15, 1-2).

A vitalidade dos ramos depende da sua ligação à videira, que é Jesus Cristo: "Quem permanece em Mim e Eu nele, dá muito fruto, porque sem Mim não podeis fazer nada" (Jo 15, 5).

O homem é interpelado na sua liberdade pela chamada que Deus lhe faz para crescer, amadurecer dar fruto. Ele terá que responder, terá que assumir a própria responsabilidade. É a essa responsabilidade tremenda e sublime, que aludem as palavras graves de Jesus: "Se alguém não permanecer em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará; lança-Io-ão ao fogo e arderá" (Jo 15, 6).

Neste diálogo entre Deus que chama e a pessoa interpelada na sua responsabilidade, situa-se a possibilidade, antes, a necessidade de uma formação integral e permanente dos fiéis leigos, a que os Padres sinodais justamente dedicaram grande parte do seu trabalho. Em particular, depois de terem descrito a formação cristã como “um contínuo processo de maturação na fé e de configuração com Cristo, segundo a vontade do Pai sob guia o Espírito Santo", claramente afirmaram que "a formação dos fiéis leigos deverá figurar entre as prioridades da Diocese e ser colocada nos programas de ação pastoral, de modo que todos os esforços da comunidade (sacerdotes, leigos e religiosos) possam convergir para esse fim".

Texto extraído da Exortação Apostólica ‘Christifideles Laiei’, do Papa João Paulo II.

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