A Igreja no Brasil aproveita o mês de Agosto para dar enfoque às vocações. Além das vocações sacerdotais e religiosas, outro dos chamados que é refletido é o da família cristã, berço e célula básica da sociedade. Uma família que viva os preceitos do Evangelho e seja, no mundo atual, testemunho do amor de Deus.A coordenação nacional do Ministério para as Famílias propõe uma série de reflexões para este mês. Baseadas no tema do Encontro Mundial das Famílias deste ano, “A família: o trabalho e a festa”, esses temas semanais poderão a ajudar na oração em família ou no próprio Grupo de Oração.
2ª semana: A família gera a vida
Gn 1,27; 2,23-25
As primeiras páginas da Bíblia nos explicam o bem que Deus deseja para as suas criaturas. Deus criou o homem e a mulher iguais em dignidade, no entanto diferentes: um é homem e o outro é mulher. A semelhança unida à diferença sexual permite aos dois entrarem em diálogo criativo, estabelecendo uma aliança de vida.
Na narração do início do livro, Adão descobre-se homem precisamente no momento em que reconhece a mulher: o encontro com a mulher faz-se entender e mencionar o seu ser homem. O reconhecimento recíproco do homem e da mulher derrota o mal da solidão e revela a bondade da aliança conjugal. É o pressuposto para que cada um possa desenvolver a sua própria humanidade na relação e na interação com o outro.
No relacionamento homem-mulher, ambos se apoiam, compartilham e comunicam a vida, excluindo qualquer forma de inferioridade ou de superioridade. A igual dignidade entre o homem e a mulher não admite qualquer hierarquia e, ao mesmo tempo, não exclui a diferença. A diferença permite ao homem e a mulher unir-se em aliança, e a aliança os fortalece.
Criada da costela do homem, a mulher é “carne da sua carne e osso dos seus ossos. Por este motivo, a mulher participa da debilidade – a carne do homem, mas também da sua estrutura principal – o osso”.
Criando a mulher, Deus tira do homem a dor da solidão que o faz sofrer. E, assim, estabelece uma aliança conjugal, em que o homem e a mulher se concedem reciprocamente, gerando a vida, e possibilitando ainda, uma aliança genitorial como co-criadores, em que como pai e mãe transmitem, educam e acompanham os filhos.
A família natural nasce do casal: homem e mulher, na sua própria diferença sexual, a linguagem do Deus da aliança. Nela, a linguagem do corpo tem um grande relevo, narra algo acerca do próprio Deus. A aliança que um homem e uma mulher, na sua diferença e complementariedade, são chamados a viver revela a imagem e semelhança do Deus Trino aliado do seu povo.
Airton e Marli Silva
Coordenadores Nacionais do Ministério para as Famílias
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